quarta-feira, 13 de março de 2013

Vulcão - (Eldfjall) - 2011


É praticamente impossível não comparar esse VULCÃO (2011), primeiro trabalho em longa metragem do diretor vindo da Islândia RÚNAR RÚNARSSON com o fantástico AMOUR (2012) do alemão MICHAEL HANEKE. No filme somos apresentados a um homem de idade que está se aposentando de seu trabalho como inspetor escolar, rígido, que agora vai ter que se habituar com a sua rotina em casa junto com a esposa.

Digo que é difícil não comparar os dois filmes, por que apesar de um homem mais bruto e introspectivo, o personagem de Rúnar ama sua esposa a sua maneira. Sem deixar transparecer para as pessoas que estão a sua volta, como seus filhos que acreditam que ele não gosta da mãe. E as coincidências não param por aí. Sua esposa tem um AVC que a incapacita fisicamente e ele opta por tomar conta da mulher, mesmo contrariando o desejo dos filhos que acreditam que ela estaria melhor acompanhada em um hospital ou clínica especializada.

As semelhanças com a obra de Haneke não param por aí, mas mais do que isso seria entregar toda a trama desenvolvida pelo diretor. As diferenças, bom, a obra do alemão é muito mais sensível, é algo que se nota ao ficar parado para aquela locação simples, que serve de palco para a obra de arte que ele nos apresenta. No caso do filme islandês, temos realmente uma obra ousada que trata de um assunto complicado, mas que não consegue se aprofundar e trazer a tona todas as discussões que são necessárias para que o filme tenha um sentido maior. Agora, não sei dizer, quem copiou a ideia de quem.

O filme foi indicado a diversos prêmios em festivais pelo mundo além de ser premiado nas categorias de Melhor Novo Diretor, Melhor Filme Revelação, Ator do Ano, Atriz do Ano e Melhor filme entre outras categorias menores.

Minha Nota: 6.0
IMDB: 7.1

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